domingo, 3 de março de 2013

Orquestra Sinfônica Nacional de Cuba

Depois de um longo período entre férias-preparação-viagem-retorno, o Coisa de Maricotinia volta em um domingo de chuva cheio de sentimentos gostosos. E dessa vez não estou falando de nada para ser visto - ou lido -, mas de uma mistura de sons e de visões imaginárias criadas por uma sucessão de sensações auditivas.

Não entendeu nada, né? Calma, eu juro que não vou ser pedante. Eu entendo que haja muita gente que não gosta de música clássica e “super” respeito os gostos musicais de cada um. Mas vou compartilhar a minha experiência com a Orquestra Sinfônica Nacional de Cuba.

Gente, é mágico! (eufórica) Tudo bem, eu não entendo nada de música clássica, nem de orquestras, nem de diferenciar sons. Mas foi lindo. Tantos instrumentos de sopro junto a todos aqueles violinos e vozes e violoncelos levaram os quase 500 visitantes vindos de vários países a lugares incríveis. Em certos momentos, se fechássemos os olhos, parecia que estávamos em um filme de contos de fadas e a trilha sonora tocava suave ao fundo.

Era uma apresentação em homenagem ao aniversário do pensador e herói cubano José Marti. Embora não tenha lido a obra completa dele – apenas aprendi sobre o tema em palestras e encontros -, acho que o objetivo de “musicalizar” os versos de Marti em uma hora de concerto foi plenamente alcançado. Se tivesse que traduzir em uma palavra o espetáculo, se assim posso dizer, seria “afeto”.

Lamento não ter encontrado aquele concerto em específico (ele ocorreu no dia 28 de janeiro), mas deixo vocês com uma frase de José Martí e uma mostra do trabalho deles.

“Así como cada hombre trae su fisonomía, cada inspiración trae su lenguaje”


sábado, 22 de dezembro de 2012

A mulher moderna e o luxo cotidiano


Demorei, mas voltei!

O Coisa de Maricotinia hoje vai falar sobre um trabalho que eu e minhas colegas do curso de produção de moda fizemos.

O tema do editorial foram as mulheres modernas. Aquelas mulheres que precisam cuidar da casa, dos filhos, do casamento, dar conta de trabalhar fora e ainda exteriorizar sua beleza de forma natural.

Deviam ser looks e poses que reunissem as referências do luxo e do glamour misturados ao cotidiano de donas de casa. A cartela de cores utilizada para escolher as peças dos looks foi predominantemente de tons frios, buscando dar às fotos um tom sóbrio e elegante.

Os cabelos, a maquiagem e as poses (adorei!) foram influenciados pelas pin ups. As modelos, (olha que lindas!), foram a Fernanda - nossa professora do curso -, a Tita - Patrícia Borba, nossa colega -, e a Tassiana - amiga da Tita -.

Eu acho que essas informações já são suficientes ;)
O restante das conclusões cada uma constrói a sua. Segue o editorial.

Ah! As fotos foram feitas pela minha pessoa :)


 Ficha técnica
Produção de moda:
Ana Cereja
Bela Azeredo
Gicelda Fiuza
Graziela Garcia
Mariele Pertile
Marília Dias
Patrícia Borba
Tamara Stucky

Fotografia:
Marília Dias

Modelos:
Fernanda Ribeiro
Patrícia Borba
Tassiana Cancian









terça-feira, 18 de dezembro de 2012

O Cio da Terra

"Cio da terra? Oi?!" "Mas do que essa guria tá falando?" "Ah, já sei, é aquela música do Milton Nascimento?!"

Nãão, gente. To falando outro cio de outras terras.
Tá difícil? Calma que eu vou explicar.

Cio da terra foi um festival ocorrido em 1982, quase no fim da ditadura militar, em Caxias do Sul - RS. A proposta surgiu da chapa eleita para a presidência UEE em 1981. Durante três dias, mais de 15 mil pessoas passaram pelo parque da Festa da Uva.


Houve quem chamasse de Woodstock gaúcho, mas o evento talvez estivesse mais para um Fórum Social Mundial. Foram reunidos convidados de todo o Brasil, com debates sobre temas que pouco eram citados na época, como sexo, drogas, cinema, teatro, igualdade de direitos e política. Além disso, artistas plásticos, artesãos e escritores - não só brasileiros, mas do Peru e da Argentina também - expuseram seu trabalho ao longo do espaço. Os shows contaram com artistas locais e cantores nacionais, como Bebeto Alves e Nei Lisboa.

Em uma matéria do Jornal Zero Hora da época, o jornalista e crítico de música Juarez Fonseca definiu o evento em poucas palavras. "O Rio Grande do Sul, nunca tinha visto nada igual: cerca de 15 mil jovens, durante três dias e três noites conviveram com plena liberdade, debatendo, ouvindo músicas, assistindo peças de teatro, dançando, ou apenas circulando pelo parque e tomando sol". Segundo ele, foi um evento muito organizado e super harmonioso, sem maiores desentendimentos ou conflitos entre os participantes.

Eu, tendenciosa à ripongagem que sou, fico louca de imaginar uma coisa assim. (Cá entre nós, devo ter nascido na época errada :) ).






Para quem se interessou pelo assunto, tenho algumas sugestões:

Assistam ao documentário feito sobre o evento, através do link http://vimeo.com/21101296

Para quem é gaúcho, a TVE vai apresentar um programa amanhã, dia 19 de dezembro, às 22h, só sobre o Cio da Terra. (Quem não é gaúcho pode tentar assistir depois no canal da TVE, pelo canal do youtube http://www.youtube.com/user/tvepublicars)

Eu não vou perder, certamente :)


Fonte: http://ciodaterra1982.blogspot.com.br/
Zero Hora
TVE

Créditos de imagens: reprodução.

domingo, 16 de dezembro de 2012

O que o seu cabelo diz sobre você?

Black Power
Créditos: Divulgação

Tem muita gente que corta/pinta/penteia o cabelo conforme a "moda". Isso não é uma novidade e não é (mesmo!) algo que seja digno de críticas. Penso que é natural, embora algumas pessoas neguem a tendência que todos temos a seguir/copiar/imitar "os modos" de determinados grupos com os quais simpatizamos.

Mas, como dizem por aí quando veem meus cabelos laranjas, "precisa ter coragem pra pintar o cabelo de uma cor diferente".

No meu caso, não se trata de coragem. Eu gosto. Não por ser diferente, mas por que eu me acho bonita com cabelos coloridos.

Em comparação com outros momentos da história, os cabelos usados hoje em dia pouco dizem sobre a posição do indivíduo perante a sociedade (política e culturalmente). Como exemplos de um passado de cabelos revolucionários, Coco Chanel representou as feministas (e as mudanças que ocorreram na época) e passou pelo mundo de cabelos curtinhos e roupas básicas (vulgo pretinho básico!); os hippies dos anos 60 pregavam a paz e o amor livre; os black power, nos anos 70, buscavam o respeito pela identidade negra; os punks de Londres, no final da mesma década, contestavam tudo e todos.

Movimento hippie
Créditos: Divulgação




Coco Chanel
Créditos: Divulgação


Hey, não se desespere ainda por isso, são momentos historicamente diferentes! Fica a reflexão; o que o seu cabelo diz sobre você?


sexta-feira, 14 de dezembro de 2012

VERBALISMO: Androginia

Créditos: Marília Dias
Modelo: Ana Cereja

O Coisa de Maricotinia estreia hoje a sessão VERBALISMO. É um espaço criado especialmente para quem, como eu, fica "boiando" quando tenta acompanhar aqueles blogs especializados da moda e todos os verbetes que eles usam.

Quando menos esperar, VERBALISMO aparece com uma palavra diferente para tirar essas dúvidas e explicar aquele monte de termos loucos.

A palavra do dia é Androginia. Você sabe o que é?
São aqueles visuais que nos deixam incertos se são feitos para homem ou mulher, com uma indefinição intencional. Mulheres com cabelos curtos e ternos, e homens com saias e cabelos mais compridos são bons exemplos.

Uma das primeiras manifestações que deram início a esta moda ocorreu nos anos 20, durante a Alemanha pré-nazista, quando feministas se vestiam com roupas masculinas como forma de contestação social. Nos anos 70, o estilo surgiu e divertiu muita gente: cantores como David Bowie e Ney Matogrosso apresentavam-se com roupas femininas e maquiagem.

Ao final dos anos 1990, a androginia tornou-se um tema proposto por muitos estilistas, e a escolha de modelos evidenciava mulheres praticamente sem busto e sem formas muito definidas.




Ney Matogrosso
Créditos: Divulgação






David Bowie
Créditos: Divulgação





















Até a próxima :)

quinta-feira, 13 de dezembro de 2012

Coisa de Maricotinia pergunta: Vocês, que adoram preto, vestem por quê??


Sempre pensei que fosse natural, mas descobri que não é. Eu me visto de acordo com meu humor. E a minha roupa influencia no meu humor.

Quando eu estou de bom humor, eu busco cores mais vivas, mais alegres e, geralmente, as peças de roupas que eu gosto mais.

Já quando o humor acordou "daquele" jeitinho, prefiro usar coisas mais básicas, provavelmente para evitar que me olhem, ou que comentem sobre a minha roupa (aqui, pode acontecer também de eu tentar me vestir muito bem, para que eu não saia de casa me achando feia). Complicadíssima!

A única coisa que, geralmente, faz diferença, é o preto. Eu não gosto de usar blusas pretas. Isso, porque parece que se eu estava feliz, eu começo a ficar triste. E se eu estava chateada, a roupa não ajuda. Nem mesmo quando quero disfarçar aquelas gordurinhas indesejadas.

Provavelmente seja só superstição e a razão disso seja o fato de eu gostar de roupas coloridas. Mas vai saber, né?!


E vocês,  que gostam de vestir preto, têm motivos?

Conta pra mim ;)






Imagens: Pinterest e Instagram

quarta-feira, 12 de dezembro de 2012

Música e fotografia; pode?


Pra mim, pode!
Há algumas semanas eu e algumas amigas nos reunimos na casa de uma delas para jogar conversa fora. Eu, como sempre, de câmera em punho.
Começamos fazendo aquela coisa tradicional de retrato enquanto ouvíamos baixinho tocar na setlist só músicas do Chico Buarque. De repente eu disse "vocês topam ser minhas cobaias?" e elas aceitaram prontamente.

O resultado dessa tarde de domingo a gente vê aí embaixo.
Criei fotos a partir de letras de músicas do Chico Buarque.  Espero que gostem :)






Trocando em miúdos




Cotidiano












Ela desatinou













Desencontro




Gostou?? Dá uma comentadinha ali!
Obrigada :)
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